Algunas representaciones de la Edad Media en la literatura infantil y juvenil portuguesa

Autores/as

Resumen

La presencia de la Historia en la Literatura Infantil y Juvenil portuguesa ha sido diversamente consubstanciada a lo largo de los tiempos. Los propósitos de la ficción histórica, así como sus diferentes niveles o filiación en la realidad varían según el contexto histórico-cultural, atestiguando el espíritu de la(s) época(s). En Portugal, tras superar la escritura marcadamente ideologizante o propagandística del Estado Novo (1926-1974), propugnada incluso por Instruções sobre Literatura Infantil (1950) y centrada en la conformación de una identidad nacional "determinada", ostensiblemente intencional, en las décadas de 1980 y 1990, los acontecimientos y personajes históricos adquirieron otro espesor, un rostro más humano, para, ya en el siglo XXI, incluir algunas recreaciones enmarcadas por la parodia, por ejemplo. Autores como Alice Vieira (Lisboa, 1943), sobre todo en el campo de la novela juvenil, Luísa Ducla Soares (Lisboa, 1939) y José Jorge Letria (Cascais, 1951), en la narrativa en verso o cuento, o Inácio Nuno Pignatelli (Oporto, 1950), en el texto dramático, entre otros, forman parte del grupo de autores que han seguido la línea que acabamos de describir. En su producción literaria, los elementos/signos de la Edad Media portuguesa (siglos XI-XV) ganan un espacio relevante. En este estudio, revisitaremos así un conjunto de obras seleccionadas que componen un corpus textual contemporáneo en el que es posible encontrar diferentes representaciones de la época y concluir sobre la relevancia concedida, por ejemplo, a D. Afonso Henriques y D. Dinis, imágenes simbólicas y centrales en la memoria colectiva portuguesa.

 

Palabras clave

ficción historiográfica, Representaciones de la Edad Media, Literatura infantil y juvenil portuguesa

Citas

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Publicado

26-07-2023

Cómo citar

Reis da Silva, S. (2023). Algunas representaciones de la Edad Media en la literatura infantil y juvenil portuguesa. edievalia, 26(1), 199–215. https://doi.org/10.5565/rev/medievalia.607

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