Medievalismo afectivo en A rainha morta e o rei saudade, de António Cândido Franco
Resumen
Partiendo del concepto de medievalismo afectivo formulado por Thomas Prendergast y Stephanie Trigg (2018), en la novela A rainha morta e o rei saudade, de António Cândido Franco (2013), exploramos las semejanzas en el modo en que el deseo medieval y el contemporáneo determinan la constitución del pasado, analizamos la hermenéutica de la empatía que subyace en la novela y en ella perpetúa y reinventa el gesto memorial de Pedro y su propia mitificación de la historia. El medievalismo afectivo del escritor constituye una práctica transformadora, estructurada según las coordenadas temporales, culturales y afectivas del autor. En la rememoración del pasado se prolonga la memoria petrina, que Franco exacerba y convierte en mito genesíaco, materializando el imaginario de un tiempo anterior en un futuro que lo mira como mito fundador. Para demostrarlo, considero algunas diferencias entre dos versiones (la primera, de 1990) de esta historia de amor para señalar las reelaboraciones imaginativas de la novela de 2003 y la afinidad de los episodios maravillosos, la recomposición del nuevo dispositivo narrativo y sus repercusiones en la mitificación de la saudade. Más que una idea de la Edad Media, A rainha morta e o rei saudade pone de relieve una idealización del amor. Anclado en la armonía de una mirada glorificadora -de Pedro, sobre su pasado de amor, y del autor, en el ejercicio de memoria que exacerba la memoria petrista medieval-, y de amor por ese pasado, el autor escenifica la obsesión que lo vincula a los amores de Pedro e Inés. Los revisita sin disimular hasta qué punto el resultado final refleja también el devenir del autor empírico.
Palabras clave
Estudios de medievalismo, Medievalismo afectivo, Hermenéutica de la empatía, António Cândido Franco, A reinha morta e o rei saudade, Literatura portuguesa, Edad Media, Amores de Pedro e InésCitas
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