Acesso através da análise de redes sociais à fitoterapia na saúde básica

Autores

  • Monique de Lima Fonseca Rodrigues Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos em Saúde Coletiva
  • Marcia Gomide da Silva Mello Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva. Praça Jorge Machado Moreira, 100. Cidade Universitária, 21941598 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil Telefone: (021) 25989328 Fax: (021) 25626244 URL da Homepage: http://www.IESC.UFRJ.br

Resumo

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) na última década houve aumento na busca nos países desenvolvidos de terapias alternativas, incluindo a fitoterapia. A OMS estima que 80% da população mundial utilize fitoterapia. Por esses motivos a OMS preconiza a implantação de Programas de Fitoterapia eficazes como uma questão global de saúde. A partir do estudo quanti-qualitativo, com abordagem na ARS realizou-se entrevistas, construção e análise das redes pessoais de usuários de fitoterapia de uma Unidade Básica de Saúde no Rio de Janeiro. O serviço de fitoterapia é mais indicado na rede pessoal (84,62%) que por profissional de saúde, o serviço público representa 8,97% do total de referenciados da rede, contra 91,03% de indicações privadas. A rede dos usuários de fitoterapia é fragmentada. Os profissionais de saúde da UBS investigada têm baixa centralidade de intermediação na rede. Nossos achados sugerem que o acesso à informação sobre a prática da fitoterapia e a indicação para o serviço de fitoterapia é mais referenciado na rede pessoal do que por profissional de saúde. Essas informações são fundamentais para o planejamento, avaliação e eventual reformulação das estratégias de acesso ao programa de fitoterapia e podem ser aplicadas a demais programas de saúde.

 

Palavras-chave

Análise de redes sociais, serviços de saúde, fitoterapia, acesso

Biografia do Autor

Monique de Lima Fonseca Rodrigues, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Estudos em Saúde Coletiva

Graduação em Farmácia pela Universidade Nova Iguaçu  - RJ, Brasil (2015), Especialização em Gestão da Inovação em Fitomedicamentos - Farmanguinhos - FIOCRUZ, RJ, Brasil (2016), Mestrado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC - na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, RJ, Brasil (2016-2018) na linha de pesquisa Interfaces entre Produção, Ambiente e o processo saúde e, em andamento, Doutorado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva - IESC - na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, RJ, Brasil (início em 2018) na linha de pesquisa em saúde mental. Atua no desenvolvimento de processos de gestão em saúde através da análise de redes sociais e desenvolve atividade em farmácia hospitalar.

Marcia Gomide da Silva Mello, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Estudos de Saúde Coletiva. Praça Jorge Machado Moreira, 100. Cidade Universitária, 21941598 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil Telefone: (021) 25989328 Fax: (021) 25626244 URL da Homepage: http://www.IESC.UFRJ.br

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Federação das Faculdades Celso Lisboa (1983), , mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990), especialização em Paleopatologia pelo Museu Nacional e FIOCRUZ (1991) e Ecologia Humana pela ENSP-FIOCRUZ (1993); doutorado em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (1999) e pós-doutorado na Université Toulouse II Le Mirail, França. Professora Associada IV da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Medicina, Departamento de Medicina Preventiva e IESC. Atualmente desenvolve pesquisas utilizando a teoria de Análise de Redes Sociais aplicada às linhas de Pesquisa Saúde Ambiental e Saúde Mental. As investigações direcionaram-se ao campo da avaliação de programas e outros contextos do processo saúde-doença a partir da influencia das relações interpessoais. Visam compreender a relação entre saúde e contexto ambiental na perspectiva de colaborar com a qualidade e eficiência dos programas de saúde .

Publicado

19-11-2019

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