Double Object Constructions in Afro-Brazilian Portuguese
Contact driven L2 learning and Maximize Minimal Means
Abstract
During the colonial period (16th - 19th centuries), Brazil was a multilingual country, home to Portuguese, Indigenous peoples, and Africans. Portuguese was learned as a second language by the Africans brought to Brazil by the slave trade, mainly under the influence of the Bantu languages the slaves spoke. From this language contact, an Afro-Brazilian Portuguese variety has emerged (ABP) which displays a ditransitive construction with an unmarked Goal dative, and V-Goal-Theme order, similar to Double Object Constructions (DOC) in English. We propose that the so-called DOC in ABP can be understood in terms of the Maximizing Minimal Means model (Biberauer 2018, 2019). In this model, Feature Economy and Feature/Input Generalization (Biberauer & Roberts 2017) constitute a major factor in L2 learning in contact scenarios. For the innovative ABP structure, the [+animate] and low applicative features of the Bantu substrate grammars are shown to have been key in the first generation’s L2 acquisition of a marked Classical Portuguese V-Goal-Theme structure. The structure becomes established in subsequent L1 acquisition of ABP, with expansion beyond the original core structures.
Keywords
Double Object Constructions, Afro-Brazilian Portuguese, language contact, L2 acquisitionReferences
Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de, & Walter Fraga Filho. 2006. Uma História do negro no Brasil. Salvador: Centro de Estudos Afro-orientais.
Alsina, Alex, & Sam Mchombo. 1993. Object Asymmetries and the Chichewa Applicative Construction. In Sam Mchombo (ed.), Theoretical Aspects of Bantu Grammar, 17-45. Stanford: Center for the Study of Language and Information.
Avelar, Juanito, & Charlotte Galves. 2014. O papel das línguas africanas na emergência da gramática do português brasileiro. Linguística 30(2): 241-288.
Avelar, Juanito, & Charlotte Galves. 2016. From European to Brazilian Portuguese: a parameter tree approach. Cadernos de Estudos Linguísticos 58(2): 237-256.
Baker, Mark. 1988. Incorporation: A theory of grammatical function changing. Chicago, IL: Chicago University Press. https://doi.org/10.1075/sl.15.1.06del
Barros, Isis Juliana Figueiredo de. 2018. As preposições introdutórias de dativo em verbos ditransitivos dinâmicos no português rural da Bahia: evidências do contato entre línguas. Ph.D. thesis, Salvador: Universidade Federal da Bahia.
Barros, Isis Juliana Figueiredo de, Jéssica Carneiro da Silva, Ramon Arend Paranhos & Thamiris Santana Coelho Assis. O baianês é o quê?. 2022. Barros, I. J. F. de, Silva, J. C. da, Paranhos, R. A. & Thamiris S. Coelho Assis (eds.), Português Baiano: de norte a sul, de leste a oeste, 15-30. Salvador: EDUFBA.
Barss, Andrew, & Howard Lasnik. 1986. A note on anaphora and double objects. Linguistic Inquiry 17: 347-354.
Baxter, Alan, & Dante Lucchesi. 1997. A relevância dos processos de pidginização e criolização na formação da língua portuguesa no Brasil. Estudos Linguísticos e Literários 19: 65-84.
Baxter, Alan, Camila Ferreira de Mello & Natali Gomes de Santana. 2014. A construção de objeto duplo e as influências do substrato no português afro-brasileiro (e africano). PAPIA: Revista Brasileira de Estudos do Contato Linguístico: 283-306.
Baxter, Alan Norman. 2009. A concordância de número. In Dante Lucchesi (ed.), O português afro-brasileiro, 269-294. Salvador: EDUFBA. https://doi.org/10.7476/9788523208752
Bearth, Thomas. 2003. Syntax. In Derek Nurse & Gérard Philippson (eds.), The Bantu languages, 121–142. London: Routledge.
Becker, Mischa. 2014. The acquisition of syntactic structure: animacy and thematic alignment. Cambridge: Cambridge University Press.
Biberauer, Theresa. 2018. Less IS more: Some thoughts on the Tolerance Principle in the context of the Maximize Minimal Means model. Cambridge Occasional Papers in Linguistics 11(6): 131–145. https://doi.org/10.1075/lab.18080.bib
Biberauer, Theresa. 2019a. Factors 2 and 3: Towards a principled explanation. In Ángel Gallego & Dennis Ott (eds.), Catalan Journal of Linguistics (Special issue: Generative Syntax. Questions, Crossroads, and Challenges): 45-88.
Biberauer, Theresa. 2019b. Children always go beyond the input: The Maximize Minimal Means perspective. Theoretical Linguistics 45(3-4): 211-224. https://doi.org/10.1515/tl-2019-0013
Biberauer, Theresa & Ian Roberts. 2017. Parameter setting. In Adam Ledgeway & Ian Roberts (eds.), The Cambridge handbook of historical syntax: 134–162. Cambridge: Cambridge University Press.
Bonvini, Emílio. 2008. Línguas africanas e português falado no Brasil. In José Luiz Fiorin & Margarida Petter (eds.), África no Brasil. A formação da língua portuguesa, 15-62. São Paulo: Contexto.
Bresnan, Joan & Lioba Moshi. 1990. Object asymmetries in comparative Bantu syntax. Linguistic Inquiry 21: 147-185.
Calindro, Ana Regina. 2015. Introduzindo argumentos: Uma proposta para as sentenças ditransitivas do português brasileiro. Ph.D. thesis, Universidade de São Paulo. https://doi.org/10.11606/t.8.2016.tde-01032016-154938
Calindro, Ana. 2020. Ditransitive constructions: What sets Brazilian Portuguese apart from other Romance languages? In Anna Pineda & Jaume Mateu (eds.), Dative constructions in Romance and beyond, 75–95. Berlin: Language Science Press. https://doi.org/10.5281/zenodo.3776535
Calindro, Ana. 2012. A imprensa negra de Piracicaba e a colocação dos pronomes clíticos. In Manoel Mourivaldo Almeida & Maria Célia Lima-Hernandez (eds.), Para a história do português brasileiro, 171-197. São Paulo: FAPESP.
Calindro, Ana. 2009. Colocação pronominal em O Patrocínio: periódico da imprensa negra de Piracicaba. Master’s thesis, Universidade de São Paulo.
Carvalho, Janayna & Ana Calindro. 2018. A unified account for the loss of third person clitics in Brazilian Portuguese. In Danniel Carvalho & Dorothy de Brito (eds.), Pronomes, Morfossintaxe, Semântica e Processamento, 91-110. Salvador: EDUFBA.
Cépeda, Paola & Sonia Cyrino. 2020. Putting objects in order: Asymmetrical rela- tions in Spanish and Portuguese ditransitives. In Anna Pineda & Jaume Mateu (eds.), Dative constructions in Romance and beyond, 97–116. Berlin: Language Science Press. https://doi.org/10.5281/zenodo.3776539
Chartelain, Héli. 1888-1989. Kimbundu grammar: gramática elementar do kimbundu ou língua de Angola. Genebra.
Chomsky, Noam. 1981. Lectures in Government and Binding. Dordrecht: Foris.
Demuth, Katherine. 2003. The acquisition of Bantu languages. In Derek Nurse & Gérard Philippson (eds.), The Bantu Languages, 121–142. London: Routledge.
Galves, Charlotte. 2001. Ensaios sobre as gramáticas do português. Campinas: Editora da UNICAMP.
Galves, Charlotte. 2007. A língua das caravelas: periodização do português europeu e origem do português brasileiro. In Ataliba de Castilho, Maria Aparecida Torres Morais, Ruth Lopes & Sônia Cyrino (eds.), Descrição, história e aquisição do português brasileiro, 513- 52. Campinas: Ed. Pontes.
Galves, Charlotte & Juanito Avelar. 2021. Case and Agreement in Brazilian Portuguese: between Bantu and Romance. In András Bárány, Theresa Biberauer, Jamie Douglas & Sten Vikner (eds.), Syntactic architecture and its consequence III: Inside syntax, 95-124. Berlin: Language Science Press, v. 3.
Gomes, Débora Carvalho Trindade. 2014. O uso variável do mais em Português afro-brasileiro. Master’s thesis, Universidade Federal da Bahia.
Gonçalves, Perpétua. 2005. Falsos sucessos no processamento do input na aquisição de l2: papel da ambiguidade na génese do português de Moçambique. Revista da ABRALIN 4(1/2): 47-73.
Gonçalves, Rita Margarida Gamito. 2010. Propriedades de subcategorização verbal no português de S. Tomé. Master’s thesis, Universidade de Lisboa. https://doi.org/10.1017/9781107279070.008
Hyman, Larry & Alessandro Duranti. 1982. On the object relation in Bantu. Syntax & Semantics 15: 217-239. https://doi.org/10.1163/9789004368903_013
Larson, Richard. 1988. On the double object construction. Linguistic Inquiry 19(3): 335–391.
Lucchesi, Dante, Alan Baxter, Jorge Augusto Silva & Cristina Figueiredo. 2009. O português afro-brasileiro: as comunidades analisadas. In Dante Lucchesi, Alan Norman Baxter & Ilza Ribeiro (eds.), O Português Afro-Brasileiro, 75-100. Salvador: EDUFBA. https://doi.org/10.7476/9788523208752
Lucchesi, Dante. 2009. História do contato entre línguas no Brasil. In Dante Lucchesi, Alan Baxter & Ilza Ribeiro (eds.), O Português Afro-Brasileiro, 27-37. Salvador: EDUFBA. https://doi.org/10.7476/9788523208752
Lucchesi, Dante & Camila Mello. 2009. Alternância dativa. In Dante Lucchesi, Alan Norman Baxter & Ilza Ribeiro (eds.), O Português Afro-Brasileiro, 427-456. Salvador: EDUFBA. https://doi.org/10.7476/9788523208752
Lucchesi, Dante. 2012. A diferenciação da língua portuguesa no Brasil e o contato entre línguas. Estudos de Linguística Galega: 45-65.
Lucchesi, Dante & Alan Baxter. 2006. Processos de crioulização na história sociolinguística do Brasil. In Suzana Cardoso, Jacyra Mota & Rosa Virgínia Mattos e Silva (eds.), Quinhentos anos de história linguística do Brasil, 163-218. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia.
Marantz, Alec. 1993. Implications of asymmetries in double object constructions. In Sam Mchombo (ed.), Theoretical aspects of Bantu grammar, 113–150. Stanford, CA: CSLI.
Mattos e Silva, Rosa Virgínia. 2004. Ensaios para uma sócio história do português brasileiro. São Paulo: Parábola.
Mattoso, Kátia de Queirós. 1982. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense.
Msaka, Peter K. 2019. Nominal classification in Bantu revisited: the perpective from Chichewa. Ph.D. thesis, University of Stellenbosch
Mussa, Alberto. 1991. O papel das línguas africanas na história do português do Brasil. Master’s thesis, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Neves, Erivaldo Fagundes. 2012. Escravidão, pecuária e policultura: Alto Sertão da Bahia, século XIX. Feira de Santana: Editora UEFS.
Pacchiarotti, Sara. 2020. Bantu applicative constructions (Stanford Monographs in African Languages). Stanford: CSLI.
Pessoa de Castro, Yeda. 2001. Falares africanos na Bahia: um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Topbooks Editora.
Petter, Margarida. 2006. Línguas africanas no Brasil. In Jacyra Mota & Rosa Virgínia Mattos e Silva (eds.), Quinhentos anos de história linguística do Brasil, 63-89. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia.
Petter, Margarida. 2015. Ampliando a investigação do continuum afrobrasileiro de português. Papia: 305-317.
Pylkkänen, Liina. 2008. Introducing arguments. Cambridge, Massachusetts: MIT Press.
Roberts, Ian. 2007. Diachronic syntax. Oxford: Oxford University Press.
Rodrigues, Aryon D. 1986. Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo, Loyola.
Rodrigues, Aryon D. 2006. As Outras Línguas da Colonização do Brasil. 500 anos de História Linguística do Brasil. In Suzana Cardoso, Jacyra Mota, & Rosa Virgínia Mattos e Silva (eds.), Quinhentos anos de história lingüística do Brasil, 143-161. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia.
Santos, Lanuza Lima. 2016. Fala (você/tu) ~Fale (você/tu): a expressão variável do modo imperativo no português popular da Bahia. Ph.D. thesis, Universidade Federal da Bahia.
Schadeberg. Thilo. 2003. Derivation In Derek Nurse & Gérard Philippson (eds.), The Bantu languages, 71–89. London: Routledge.
Souza, Marcelo da Silva, Isis Juliana Figueiredo de Barros & Josane Moreira de Oliveira. 2020. A expressão do dativo no português rural, da comunidade quilombola de Montevidinha, Oeste da Bahia. In Cristina Figueiredo, Juliana Gayer, Lilian Teixeira de Sousa & Carlos Felipe Pinto (eds.), Língua em movimento, 227-250. Salvador: EDUFBA.
Torres Moraes, Maria Aparecida & Rosane Berlinck. 2018. O objeto indireto: argumentos aplicados e preposicionados. In Sônia Cyrino & Maria Aparecida Torres Morais (eds.). Mudança sintática do português brasileiro: perspectiva gerativista, 252-307. São Paulo: Contexto.
Torres Morais, Maria Aparecida. 2007. Os Dativos. Tese de Livre Docência, Universidade de São Paulo.
Van der Wal, Jenneke. 2017. Flexibility in symmetry: An implicational relation in Bantu double object constructions. In Michelle Sheehan & Laura R. Bailey (eds.), Order and structure in syntax II: Subjecthood and argument structure, 115–152. Berlin: Language Science Press.
Van der Wal, Jenneke. 2022. A Featural Typology of Bantu Agreement. Oxford: Oxford University Press.
Vianna Filho, Luís. 2008. O negro na Bahia. Um ensaio clássico sobre a escravidão. Salvador, Bahia: EDUFBA: Fundação Gregório de Matos.
Wald, Benji Victor. 1973. Syntactic change in the lake area of Northeast Bantu. Studies in African linguistics 4: 237-268.
Published
Downloads
Copyright (c) 2023 Isis Barros, Ana Calindro

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.